SOBRE SUICÍDIO - dicionario de suicidologia
Conhecimento profundo e atualizado à sua disposição
Um pequeno dicionário dos termos da suicidologia
Comportamento Suicída
Trata-se de violência autoprovocada que está sempre associada à ideia de morte.
Suicídio
É o ato de causar a própria morte de forma intencional.
Suicídio completo
Ocorre quando uma pessoa tira a própria vida. É um ato trágico que esulta de uma combinação de fatores.
Prevenção universal
Cuidando da Saúde Mental de Todos. Envolve ações e estratégias que são aplicadas a toda a população, com o objetivo de promover a saúde mental e prevenir o suicídio de forma geral. Essas medidas incluem campanhas de conscientização, programas educacionais e políticas públicas que buscam reduzir fatores de risco e fortalecer fatores de proteção para todos, independentemente de terem apresentado algum sinal de problema.
Prevenção seletiva
Focando em Grupos Específicos. Envolve a implementação de ações direcionadas a grupos específicos que apresentam um risco maior de desenvolver problemas de saúde mental ou de cometer suicídio. Esses grupos podem incluir adolescentes, idosos, pessoas que passaram por traumas ou aquelas com histórico familiar de problemas de saúde mental. O objetivo é fornecer suporte e recursos específicos para reduzir os riscos e promover o bem-estar desses grupos vulneráveis.
Prevenção indicada
Apoio Direto para Quem Precisa. A prevenção indicada é direcionada a indivíduos que já mostram sinais iniciais de problemas de saúde mental ou comportamentos suicidas. O objetivo é intervir cedo, oferecendo apoio e tratamento específico para essas pessoas antes que a situação se agrave. Isso pode incluir terapias, aconselhamento e outros serviços de saúde mental personalizados para atender às necessidades individuais.
Prevenção
Adotar medidas para evitar a ocorrência. Envolve a implementação de ações e práticas que impedem que uma situação aconteça. Em outras palavras, é tomar passos antecipados para garantir que o problema nem chegue a acontecer.
Posvenção
Conjunto de ações, atividades, intervenções, suporte e assistência para aqueles impactados por um suicídio completo, ou seja, os sobreviventes. É uma ferramenta reconhecida mundialmente como um componente importante no cuidado da saúde mental dessas pessoas.
Autolesão
Anteriormente conhecida como automutilação, é qualquer dano causado à pele de maneira intencional, que pode ou não estar ligado a um comportamento suicída.
Tentativa de suicídio
Quando uma pessoa realiza ações com a intenção de acabar com a própria vida e sobrevive.
Bulllying
é um comportamento agressivo e repetitivo que visa intimidar, humilhar ou prejudicar outra pessoa.
Cyberbulllying
Práticas de agressão moral organizadas por grupos, contra uma determinada pessoa, e alimentadas via internet.
Multifatores
Compreensão de que múltiplos fatores contribuem para a saúde mental e o risco de suicídio. Isso significa que não há uma única causa, mas sim uma combinação de aspectos que podem incluir fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Por exemplo, genética, traumas, condições de vida, estresse, uso de substâncias e experiências pessoais podem todos influenciar a saúde mental de uma pessoa. Reconhecer a natureza multifatorial do suicídio ajuda a desenvolver abordagens mais completas e eficazes para prevenção e tratamento, considerando todas as dimensões que afetam o indivíduo.
Enlutados
Enlutados são aquelas pessoas que perderam alguém querido. Esse tipo de perda é profundamente doloroso e pode causar uma série de emoções intensas e complexas, como tristeza, culpa, raiva e confusão. O luto pelo suicídio muitas vezes é diferente de outras formas de luto, devido ao estigma e à sensação de que a perda poderia ter sido evitada. É crucial que os enlutados recebam apoio adequado, que pode incluir terapia, grupos de apoio e conversas com outros enlutados. Oferecer um ambiente de compreensão e não julgamento ajuda os enlutados a processarem sua dor e a encontrarem maneiras de seguir em frente.
Estigma
Atitudes e crenças negativas que as pessoas têm em relação a certos grupos ou condições, como os transtornos mentais. Esse preconceito pode levar ao isolamento, discriminação e vergonha, impedindo que as pessoas busquem a ajuda de que precisam. No contexto da saúde mental, o estigma faz com que muitos indivíduos evitem falar sobre seus sentimentos ou procurar tratamento por medo de serem julgados ou mal compreendidos. Quebrar o estigma é essencial para criar uma sociedade mais acolhedora e solidária. Isso envolve educar as pessoas sobre os transtornos mentais, promover a empatia e incentivar conversas abertas e honestas sobre saúde mental.